quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

So, Merry Christmas!


Eu estava conversando com uma amiga de Teresina pelo messeger e ela me contou que encontrou essa semana um amigo em comum que havia se afastado dela há muito tempo e que, de repente resolveu cumprimentá-la. E essa minha amiga disse para mim, de uma forma até um pouco irônica, “deve ser o espírito de Natal”.
Quando li espírito de Natal a primeira coisa que me veio a cabeça é que esse é o primeiro Natal que eu passo longe do Brasil, não apenas do Brasil mas também de toda aquela significação que o Natal tem para gente. Porque aqui onde eu estou, apesar da decoração belíssima dos shoppings, o Christ de Christmas não tem significado algum. Dia 25 de dezembro é feriado sim (acho que herença da colonização inglesa), mas um feriado como outro qualquer para a maioria dos chineses. Li até que por aqui, para não causar constragimento, melhor falar “Happy Holiday” ou “Season's Greetings” em vez de “Merry Christmas”.
Eu entendo. É outra cultura, outra religião. Mas apesar de entender, eu não deixei de ficar um pouco carente daquele clima de natal que envolve as pessoas aí no Ocidente.
Mesmo sabendo que às vezes, em um ano inteiro, os familiares só reuném mesmo naquele dia, e que nem sempre há sinceridade, etc. Mas, lá no fundo, o Natal mexe com as pessoas e aqula expessão que aparece nos cartões (e que eu sempre achei brega) “Magia do Natal”, existe mesmo. “Magia” essa que eu não percebi muito por aqui.
Porém, não. Eu não vou deixar de ter um bom Natal porque estou vivendo na Ásia, claro. Sem querer usar os clichês de sempre mas já usando, Natal está mesmo no coração da gente.
E para vocês que vão passar o Natal no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo, desejo muita paz, muito amor verdadeiro e muitos abraços calorosos não apenas nessa época do ano, mas sempre.
E, se for possível, quando vocês estiverem comendo peru Sadia, farofa de banana, salpicão, salada de bacalhau ou frango assado, favor lembre-se de mim, ou não, mas aproveitem bastante.
Beijo grande para todos e Feliz Natal!

domingo, 16 de dezembro de 2007

100 anos...Parabéns!


"A vida é um sopro, é um minuto. A gente vem, conta uma história e vai embora"
Oscar Niemeyer

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Coisa boa é poder fazer planos


O post de hoje é para dar uma notícia maravilhosa. Finalmente, depois de quase 5 meses de espera, saiu o nosso visto de residente em Hong Kong. Na verdade, saiu o visto do meu marido, mas agora é questão de pouco tempo para que eu e a Valentina também tenhamos o nosso. Tenho fé!

Estou muito feliz. Como diz a música, vendo "a vida melhor no futuro"!

Agora a gente pode contratar uma babá. E quando eu tiver o meu visto, vou poder estudar, tirar carteira de motorista e tudo isso mais. Vou ser oficialmente uma residente e não mais uma turista aqui.

Isso dá muita tranquilidade. Sabe, uma sensação de que agora sim eu posso planejar minha vida. Sei que, a curto prazo, os meus planos estão ligados principalmente à minha filhinha que está para nascer. E que o meu projeto no momento é transformar o escritório em um quarto de bebê. E, claro, isso também me empolga e me deixa feliz!

Mas é bom saber que num futuro próximo também vou poder me dedicar aos estudos e fazer outras coisas.

Como o ser humano é louco! Tou comemorando a liberdade para planejar ter menos tempo livre. Mas é a vida! E o que a gente quer a fazer um pouco de tudo que a gente e gosta e ser feliz.

Boa sorte para mim! Sorte e tudo de bom para vocês!

Beijos!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Um simples desejo


Desculpem a ausência, mas foi por uma boa causa. Estávamos na Tailândia comemorando nosso aniversário de casamento. Para quem não sabe, foi lá que ele me pediu de joelhos e que depois de alguns segundos sem conseguir respirar eu disse Sim!!!!!!! Foi muito bom relembrar esse momento tão mágico e tão importante para nós dois.
Mas voltando para casa dessa viagem linda e romântica qual a primeira coisa que vem a cabeça? “Ops, a gente precisa fazer supermercado!” Vocês devem pensar: Deve ser a coisa mais fácilde fazer num país de Primeiro Mundo! Certo? Nem tanto!
Paassva das oito horas da noite quando chegamos ao supermercado e meu maridinho, que está grávido junto comigo, teve de súbito o desejo de comer hamburger. Mas não servia o BigMac. Meu bem queria aquele hamburguer que eu faço com alface, ovo, cherdar, tomate, cebola... Hum! Delícia! E nada mais simples e rápido para quem tava chegando de viagem.
Só que, depois de tudo no carrinho, cadê o hamburger? OUT OF STOCK! A funcionária do supermercado foi até muito simpática e nos ofereceu uma salsicha de porco assim com uma aparência nada atrativa. (Os chineses adoram porco). Mas já estávamos com água na boca imaginando o hamburger. Não poderia ser tão difícil!...
Fomos ao 7Eleven, nada. A mais um supermercado, também não. Depois já as nove e meia uma última tentativa em um outro e....nenhum hamburger! Havia muito sim, rolinho de primavera, isca de porco, escondidinho de espinafre...
Nessas horas você começa a ficar furiosa pensando como é possível um país desenvolvido não ter hamburger Perdigão para vender no posto de gasolina? Você pensa até que se ainda vivéssemos no Pangea, o Dogão da avenida Kenedy em Teresina talvez não seria tão distante de Hong Kong. Delírios de quem a essa altura já estava com muita fome.
Ao final, com jeitinho brasileiro e bife australiano, consegui fazer nosso hamburger. E saboreamos, bem cansados, já depois das dez da noite.
Acho que da próxima vez vou fritar um rolinho de primavera mesmo e deixar minha vida mais fácil. Porque quem não tem cão ...
Até mais!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Dois anos de casados!


A felidade nos nossos olhos é uma lembrança linda que eu tenho daquele dia de novembro.
Lembro que eu estava muito orgulhosa de poder dizer em alto e bom som a partir daquele dia que eu era a tua esposa e você o meu marido.
Nós já passamos por muita coisa juntos. Já discutimos e até brigamos um monte... sem, momento algum, desejar estar longe do outro. Por mais que a gente brigasse sempre quisemos resolver tudo o mais rápido para não ficar muito tempo sem abraço, sem beijo, sem o carinho um do outro. O nosso amor é muito forte! Tá certo que eu ainda não me conformo de você ter jogado fora meu criado mudo e que eu não entendo porque você ainda não me deu uma máquina de lavar louça mesmo tendo assistido Doce Novembro. Mas essas coisas todas são apenas coisas. O principal é o que a gente sente um pelo outro.
É bom saber que você me ama e me admira, mesmo se quando a gente vai sair eu estou sempre ainda procurando alguma coisa enquanto você já está pronto na porta.
É bom ver que apesar de já conhecer quase o mundo inteiro, a gente ainda faz planos para conhecer o que falta juntos. Porque é com você que eu gosto de descobrir coisas novas, e também é com você que eu adoro fazer as mesmas coisas todos os dias.
Eu sei, poderia ter falado isso tudo baixinho no teu ouvido, mas também é bom fazer declarações públicas de amor.
Te amo muito, Benji!
Vida longa para nós dois! Vida longa para o nosso amor!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Yes, nós temos tapioca!


Ontem tive uns aborrecimentos, coisas de família, que me deixaram o dia todo pra baixo. Hoje acordei decidida a ficar superbem e só fazer coisas que me deixassem feliz.
Então pedi para minha mãe fazer um beiju com a farinha de tapioca que encontrei no supermercado aqui em Hong Kong. Tapioca? Em Hong Kong?
Pois é, para mim foi um misto de surpresa e felicidade encontrar aquele pacotinho com o nome tapioca escrito estando tão longe do Brasil e em supermercado a poucas quadras da minha casa.
Na embalagem estava escrito “Product of Thailand”. Como assim? Enquanto eu degustava meu beiju (é assim que a gente chama tapioca no Piauí) quentinho com manteiga derretida essa pegunta não saía da minha cabeça. Como é a tapioca veio parar aqui na Ásia, do outro lado do mundo?
Descobri que o nome Tapioca, que é de origem Tupi mesmo, viajou do Brasil para se referir a preparações similares feitas com outros ingredientes. Na Inglaterra, eles chamam de tapioca um pudim de arroz, que também contém outras raízes, enquanto aqui na Ásia eles utilizam, além da mandioca, a seiva de uma palmeira chamada Sago[1].
Vi também que aqui no Sudeste Asiático eles fazem pudins, sobremesas, drinks, chás e até medicamentos.
A única coisa que eu sei é que o sabor do beiju que minha mãe fez ficou igualzinho ao que eu comia em Teresina. Só faltou a carne de sol.
Na minha pesquisa, até encontrei referências à tapioca tendo origem na América do Norte, fabricada pelos índios da Carolina do Sul e que só depois teria migrado para a América do Sul. Mas eu, particularmente, não acredito. Vocês imaginam aqueles índios de bang-bang fazendo tapioca? Não. Na minha modesta opinião quem inventou a tapioca foram os nossos índios do Brasil e ponto final.
Dúvidas à parte, comer tapioca de manhã foi uma maneira bem gostosa de matar as saudades do Brasil, prinpalmente do Nordeste.
Coisas simples que tocam não apenas o paladar mais o coração da gente.
Beijo com gosto de tapioca pra vocês!
Até a próxima!


[1] Fonte: Wikipédia - http://en.wikipedia.org/wiki/Tapioca

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Vivendo e aprendendo ...


Desde que vim morar nessa cidade ou nesse país (aqui a noção de país e cidade ainda é um pouco confusa pra mim) tenho vivido um turbilhão de experiências novas, algumas muuuuuito boas, outras nem tanto.
Aqui tudo é tão diferente do Brasil! Até a carne moída importada do Brasil é diferente (nesse caso, não para melhor).
Na verdade, nao procuro qualificar as coisas aqui como pior ou melhor que no Brasil, senão eu não vivo o aqui, o momento atual...então tudo é simplesmente diferente.
E tem sido interesante pra mim viver todas essas experiências novas, mesmo que às vezes eu fique p... da vida, às vezes indignada, frustrada, assustada ou simplesmente tocada com as diferente situações as quais me envolvo aqui.
Muita coisa também me emociona e me deixa exciting na minha nova vida, nesse novo lugar. Coisas do Hong Kong lifestyle que aos poucos eu vou contando aqui.
Sou casada, tenho uma filhinha linda que aprendeu a caminhar há poucos dias e tô esperando outra que também há pouco tempo começou chutar minha barriga.
Então, como vocês vão ver a partir de agora tenho pouco ou quase nada pra reclamar da vida. Ainda quando tenho muito, reclamo pouco e procuro aproveitar cada momento. Fico irritada com bobagens, sim, mas também encontro felicidade nas coisas simples.


Quero torná-la ( a vida ) grande,ainda que para isso tenha de ser o meu corpoe a minha alma a lenha desse fogo.
Fernando Pessoa